Ciclo de Documentários em língua portuguesa

Informamos do Ciclo de documentários em língua portuguesa que decorre no Ateneu Ferrolano entre os dias 22 de fevereiro e 15 de março. Quatro projeções de obras de Portugal, Brasil e Moçambique. Acesso livre.

Eis as resenhas dos quatro documentários que vamos ver neste ciclo:

 

José e Pilar

José e Pilar é um documentário de Miguel Gonçalves Mendes, português, numa produção brasileira, espanhola e portuguesa. Durante 2007 e 2008, a equipe do documentário acompanhou a rotina de José Saramago e Pilar Del Rio, e a partir do material coletado e das entrevistas, Mendes contou uma bela história de amor, companheirismo e compromisso com o trabalho por um ideal.
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A vida é um sopro

Ao assistirmos o documentário vimos parte das brilhantes obras de arquitetura de Niemeyer, um pouco de sua história pessoal, política e profissional. Muito mais que sua simplicidade e críticidade em relação a política e a sociedade, observasse também a sua particular relação com a sua profissão e o seu trabalho, mais que simplesmente bonitas e originais, as quais inauguraram um jeito novo de fazer arquitetura e que lhe rendeu vários títulos entre eles os um dos melhores arquitetos do mundo.

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Lixo Extraordinário

O documentário concorreu ao Oscar em 2011 e mostra um projeto do artista plástico Vik Muniz no maior aterro sanitário do mundo, Gramacho, no Rio de Janeiro. O filme conta como foi a experiência do artista Vik Muniz ao fazer arte com lixo e transformar a vida de um grupo de catadores.

O filme mostra a vida difícil de pessoas que vivem literalmente no lixo e que dependem dele para a sobrevivência. O artista, que nasceu na classe média baixa paulistana e hoje é um dos maiores expoentes das artes visuais no mundo, trabalha com colagens e montagens de materiais diversos para formar retratos.

Na proposta Lixo Extraordinário (em inglês Wastalend), Vik resolveu chamar a atenção simultaneamente para o problemas ambiental do lixo e social das condições de trabalho dos catadores de Gramacho. Como forma de dar voz e visibilidade aos trabalhadores do lixo, retratou-os como personagens com montagens gigantes feitas de resíduos do próprio aterro. Os resultados são incríveis!

Há retratos fortemente simbólicos, como de um líder da comunidade semeando no aterro, e de outro encenando a morte do pensador Marat, e uma catadora posando com seus filhos num quadro que lembra uma santa.

Recentemente eu assisti ao filme, que em mim causou um misto de indignação, vergonha, tristeza e admiração. São sentimentos aparentemente contraditórios, mas você vai entender.

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Pfunguza / Eu Mucavele

As obras exploram o percurso, as expectativas – goradas e frustradas –, os anseios e sonhos de dois criadores que, através de uma relação de décadas, se ligaram umbilicalmente à paleta de cores, ao pincel e à espátula, interpretando o quotidiano dos moçambicanos, elevando, assim, a sua identidade cultural como um povo.

Refira-se que consta no filme a intervenção de diversas pessoas bem entendidas na arte, uma das quais o poeta e director do Instituto Superior de Arte e Cultura, Filimone Meigos. Segundo Meigos, Noel Langa é uma “pessoa incontornável” quando se fala de arte e cultura da cidade de Maputo, sobretudo pelo facto de estar ligado umbilicalmente ao bairro indígena. Para Meigos, Noel é “uma pessoa de cultura que faz e vive cultura”.

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